Rádio – A interação Comunicador-Ouvinte


Créditos da Matéria:XAVIER, Antonio Carlos dos Santos. Conversa ao Pé do Rádio: Um Estudo da Interação Comunicador-Ouvinte.
Analise da relação que se estabelece entre comunicador e ouvinte através do rádio.
Por ser um meio de comunicação de fácil penetração e acesso, o rádio tem exercido uma importante função social, seja como formador de opinião ou funcionando como companheiro no cotidiano de seus ouvintes, constituindo-se assim em um importante veículo promotor de relações interpessoais. Partindo dos pressupostos teóricos da Análise da Conversação e Análise do Discurso, observamos como se processa esta interação a partir de alguns elementos que marcam a oralidade da linguagem usada no rádio, especificamente dois fenômenos presentes no texto: repetições e marcadores conversacionais e outros dois elementos que compõem o discurso: dialogismo e envolvimento (a divisão em texto e discurso é meramento metodológica). Pareceu-nos que comunicador e audiência se envolvem e se integram mais participativamente na Interação Radiofônica, quando aquele direciona as suas ações para satisfazer as expectativas deste, através da abordagem de tópicos comuns à sua rotina de vida. A utilização estratégica pelo comunicador de repetições, marcadores conversacionais, alinhamentos (footing) diversificados de falantes (animador, autor e principal), bem como os elementos dialógicos e de envolvimento inerentes ao seu discurso mostram-se também como fundamentais para o sucesso dessa relação. O comunicador parece estar sempre buscando tornar a Interação Radiofônica semelhante à conversação, a fim de, com isso, consolidar definitivamente a relação com a audiência.

Diodo Varicap



Diodo Varicap
Os diodos de capacitância variável, vasistores ou varicaps como também são chamados, são diodos de silício que aproveitam uma propriedade importante das junções quando polarizadas no sentido inverso e o componente não conduz a corrente. Na figura ao lado temos o símbolo e o aspecto de um diodo deste tipo.
O que ocorre é que, quando o diodo não conduz, sendo polarizado no sentido inverso, as partes do material semicondutor onde a corrente pode atuar, funcionam como as placas de um capacitor e a junção como um dielétrico.
O interessante é que se variando a tensão neste componente, os portadores de carga que se recombinam na junção podem aproximar-se ou afastar-se mudando assim a capacitância do componente. O diodo se comporta então como um capacitor, em que podemos controlar a capacitância variando a tensão inversa aplicada: menor tensão terá maior capacitância. Esta propriedade, faz com que o diodo varicap seja usado
em lugar dos capacitores variáveis no circuito de sintonia de muitos tipos de aparelhos.

Hertz - Heinrich Rudolf Hertz


Heinrich Rudolf Hertz
(1857 - 1894)

Créditos da matéria:
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HeiricRu.html


Professor e físico alemão, natural de Hamburgo, pioneiro na produção artificial de ondas eletromagnéticas, de suma importância para o desenvolvimento do rádio, televisão e o radar. Filho de um proeminente advogado e legislador alemão, iniciou seus estudos colegiais na Universidade de Munique, transferindo-se depois para a de Berlim, onde estudou Engenharia e Física, se doutorou em filosofia. Tornando-se assistente de Helmholtz, foi ensinar física teórica na Universidade de Kiel (1883) e, depois, na Politécnica de Karlshuhe (1885-1889). Casou (1886) com Elizabeth Doll, filha de um professor de Karlsruhe, e tiveram duas filhas. Com base nas teorias matemáticas de James Clerk Maxwell (1873), construiu um oscilador (1887) e provou que as ondas eletromagnéticas propagavam-se no espaço sem necessidade de condutores, descobrindo o efeito fotoelétrico. Descobriu e estabeleceu que ondas de rádio são similares ondas de luz (1888), ou seja, não eram visíveis, mas podiam ser detectadas eletricamente, transmitidas e refletidas, com o emprego de refletores côncavos. Assumiu a vaga (1889) de professor de Clausius, na Universidade de Bonn, e morreu nessa cidade. Escreveu três importantes livros: Ondas elétricas, Notícias diversas e Princípios de mecânica. Hertz: unidade de medida de freqüência de um fenômeno periódico igual à freqüência de um evento por segundo; um ciclo por segundo. Ondas hertezianas: uma onda eletromagnética, usual de freqüência de rádio, produzida pela oscilação de eletricidade em um condutor.

Termistores


Termistores – NTC e PTC


Créditos da matéria:
Gustavo Rodrigues de Souza, 9915214 - Engenharia Elétrica - UFPR
Gustavo X, 00000 - Engenharia Elétrica – UFPR


Características dos termistores
Os temistores possuem uma constante de tempo, que considera o tempo levado para que se atinja 63% do valor da próxima temperatura. A constante de tempo do sensor depende
diretamente da sua massa e do acoplamento térmico da amostra.
No caso de consumo de potência, a corrente necessária para que o termistor comece a atuar é da ordem de 100mA, o que representará uma dissipação de potência de aproximadamente 2mW/°C. A estabilidade do termistor NTC abrange temperaturas de -50°C até 150°C, os temistores são sensores muito estáveis e sensíveis a variações pequenas de temperatura.
Os termistores fazem parte da classificação de ermoresistência. Termistores são sensores de temperatura fabricados com materiais semicondutores.
A resistência elétrica dos termistores pode variar tanto de forma proporcional ou inversa com o aumento de temperatura ao qual o sensor for exposto. Por essa característica é feita uma classificação do termistores, sendo NTC(negative temperature coeficiente) e PTC(positive temperature coeficiente).
O NTC é mais utilizado do que o PTC, devido a maior facilidade de ser manufaturado. O PTC tem como sua peculiaridade possuir um ponto de transição, somente a partir de uma determinada temperatura exibirá uma variação ôhmica com a variação da temperatura.

O diferencial do NTC é ser muito mais sensível a variações de temperatura, comparado com outros sensores de resistência variável com a temperatura, como os RTDs e os termopares.
Porém, o fato de ser mais sensível faz com que se comporte de forma não linear. A curva que define o comportamento da temperatura pela temperatura tem um comportamento exponencial.
Os RTDs são formados por materiais como o níquel, a platina ou uma liga niquel-platina. Já os termistores são fabricados de material semicondutor, tais como óxido de níquel, cobalto ou magnésio e sulfeto de ferro. Os óxidos semicondutores reagem de forma diferente do que os metais que formam os RTDs, para o NTC a resistência descresce exponencialmente com o aumento da temperatura.
Como o NTC não possui um comportamento linear da resistência com a variação da temperatura, é necessário a utilização de algum circuito que ajuste a curva exponencial para uma aproximação linear.

Resumo - Os termistores são excelentes sensores para aplicações que seja necessário uma alta sensibilidade com as mudanças de temperatura. Devido a essas características é utilizado
massivamente na área militar,área médica e na biologia.

Gauss - Carl Friederich Gauss



Carl Friederich Gauss



Créditos da foto e da matéria: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/gauss/gauss.htm

Nasceu a: 30 de Abril de 1777, em Brunswich, na Alemanha
Morreu a: 23 de Fevereiro de 1855, em Göttingen, na Alemanha
Filho de um trabalhador à jornal, foi criado no seio de uma família pobre, austera e sem educação. Dadas as precárias condições econômicas da sua família, recebeu o precioso apoio do Duque de Brunswich que reconheceu nele uma criança-prodígio. Este apoio começou quando Gauss tinha 14 anos e permitiu-lhe dedicar-se exclusivamente aos estudos, durante 16 anos.
Ainda antes do seu vigésimo quinto aniversário, já Gauss era famoso pelo seu trabalho em Matemática e Astronomia. Aos 30 anos foi nomeado Diretor do Observatório de para Göttingen, cidade da qual raramente saiu, exceto por questões científicas. Aí, trabalhou durante 48 anos (de 1807 a 1855) até à sua morte, com quase 78 anos.
A vida pessoal de Gauss foi trágica e complicada. Um pai insensível, a morte prematura da sua primeira mulher, a pouca saúde da sua segunda mulher e uma terrível relação com os seus filhos negou-lhe, até tarde, a possibilidade de vida estável no seio de uma família equilibrada.
Mesmo com todos estes problemas, Gauss manteve uma rica e espantosa atividade científica. A sua precoce paixão pelos números e cálculos estendeu-se à Teoria dos Números, à Álgebra, à Análise, à Geometria, à teoria das Probabilidades e à Teoria dos Erros. Ao mesmo tempo, levou em frente uma intensiva pesquisa empírica e teórica em muitos outros ramos, incluindo Astronomia Observacional, Mecânica Celeste, levantamento topográfico, Geodésica, Geomagnetismo, Eletromagnetismo e Mecanismos Ópticos.
Gauss não encontrou nenhum colaborador entre os seus colegas matemáticos tendo trabalhado sempre sozinho. Mas, se é verdade que o seu isolamento relativo, a sua compreensão das matemáticas «puras» e «aplicadas», a sua preocupação com a astronomia e o uso freqüente que faz do latim têm a marca do século XVIII, é inegável que, nos seus trabalhos, se reflete o espírito de um novo período. Se, tal como os seus contemporâneos Kant, Goethe, Beethoven e Hegel, se manteve à margem das grandes lutas políticas da sua época, a verdade é que, no seu próprio campo, Gauss expressou as novas idéias da sua época de uma forma poderosíssima.
As suas publicações, a sua abundante correspondência, as suas notas, e os seus manuscritos mostram que ele possuía uma das maiores virtuosidades científicas de todos os tempos.

Varistor - conhecendo um pouco este componente

VARISTOR



Creditos da matéria:Universidade Federal do Paraná
Paulo Henrique Bernardi
Paulo Marcelo de Jesus

I - HISTÓRICO
A primeira publicação sobre materiais varistores data de 1957, quando Kh.S. Valee e M.D. Mashkovich descobriram que o sistema binário ZnO-TiO2 possuia propriedades não ôhmicas. Outros estudos em sistemas binários ZnO-Bi2O3 e ZnO-Al2O3 realizados por M.S. Kosman e colaboradores (1961) e S. Ivamov e colaboradores (1963) respectivamente, também mostraram que esses sistemas poderiam ser utilizados como varistores. Entretanto, a não linearidade obtida para esses sistemas a, obtida empiricamente por I µ Va, está na região 2 £ a £ 6, que são coeficientes de não linearidade muito baixo comparados com que são obtidos atualmente (a ³ 70).
Em 1971, Matsuoka e colaboradores, fizeram varistores cerâmicos multicomponentes com propriedades muito melhores que aquelas obtidas para sistemas binários. A não linearidade nas características corrente-tensão para esse sistema foi de a=50. Um típico sistema com essas propriedades é 97%ZnO-1%Sb2O3-0,5%MnO-0,5%CoO0,5%Cr2O3, sendo essas porcentagens molares.
Atualmente, uma ampla variedade de composições são utilizadas para a obtenção de varistores. Os varistores comercialmente mais usados ainda são a base de óxido de zinco (ZnO), mas varistores de dióxido de estanho (SnO2) e dióxido de titânio (TiO2) possuem um grande potencial tecnológico que ainda não foi utilizado..
II - FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Os varistores são cerâmicas policristalinas e como todo material policristalino possuem alta concentração de defeitos estruturais, superficiais e eletrônicos (intrísecos e extrínsecos, quando dopados). O tipo e a quantidade destes defeitos estão diretamente relacionados com as diversas etapas de processamento empregado na obtenção das peças cerâmicas. Portanto, estes sistemas têm como característica principal a presença de grãos, os quais estão interligados por
uma interface que é tida como fator determinante das propriedades elétricas. Os varistores são corpos cerâmicos altamente densos, com características não-ôhmicas. Estes materiais atuam como dispositivos de proteção em equipamentos eletroeletrônicos, cuja função é restringir sobrevoltagens transitórias, ou seja, tem como principal função manter o valor do potencial elétrico quando ocorre um grande aumento na intensidade do campo elétrico aplicado (sobretensão). Os varistores são também conhecidos como resistores não lineares ou limitadores de voltagem.
Resistores não-ôhmicos (varistores) são materiais cerâmicos densos, caracterizados por uma resistência elétrica que diminui com o aumento do potêncial aplicado, ou seja, são materiais que não obedecem a lei de Ohm: I=U/R, em que U é a diferença de potencial aplicada, R é a resistência e I a corrente que passa pelo circuito. Para os materiais varistores essa equação é modificada pelo fato que a corrente não varia linearmente com o potencial aplicado, ficando I=(U/C)a , (1) em que C é uma constante chamada de resistência nãoôhmica e a de coeficiente de não linearidade. Quanto maior o valor de a, mais sensível é o dispositivo referente a pequenas mudanças no potencial elétrico aplicado, e portanto, melhor é o varistor. Além disso, eles devem possuir uma grande capacidade de absorção de energia, que os tornam capazes de serem utilizados por exemplo como dispositivos de proteção contra surtos de sobrevoltagem. As propriedades destes materiais são altamente dependentes da sua microestrutura resultante, sendo assim, são dependentes também da sua composição química e das condições de tratamento térmico (sinterização) a que são submetidos. A Figura 1 apresenta uma curva característica de um varistor. Nessa Figura, podemos identificar três regiões distintas com relação ao comportamento da curva do campo elétrico aplicado em função da densidade de corrente, desta curva são obtidos os valores de campo elétrico de ruptura e o coeficiente de não linearidade.
Um circuito elétrico simples, que representa a atuação destas cerâmicas varistoras como dispositivo eletrônico, é ilustrado na Figura 2, tendo-se o sistema varistor em paralelo ao sistema de alimentação de energia e o equipamento. Em tensões elétricas superiores a capacidade da fonte é acionado o sistema varistor, onde a descarga elétrica é acumulada e posteriormente descarregada ao sistema de conecção terra. Evitando portanto que o equipamento seja exposto a esta sobretensão.

Dr. Nikola Tesla


Quem Foi o Verdadeiro Dr. Nikola Tesla?
W.C. Wysock *, J.F. Corum, J.M. Hardesty * * e K.L. Corum

"Nós pensamos em sua contribuição muito mais freqüentemente que as de Ampère e Ohm. . . o motor de indução e nosso sistema de força são monumentos duradouros a Nikola Tesla." Dr. E.F.W. Alexanderson
Ao contrário de tantos pioneiros estreitamente especializados na história elétrica, a questão sobre quem Nikola Tesla realmente foi, tem muitas respostas, dependendo da perspectiva do questionador. Apesar do fato de muitas de suas publicações técnicas ainda serem acessíveis, de várias biografias estarem disponíveis, e dele ter tido um impacto bastante amplo (não só na profissão de engenharia elétrica, mas também na sociedade como um todo) hoje poucas pessoas têm uma noção realmente equilibrada de quem ele era e o que ele fez. Isto é particularmente verdade de suas contribuições seminais para a tecnologia do rádio. Um número notável de artigos foram compostos para o público geral sobre Tesla - provavelmente tantos quanto sobre qualquer outro cientista na história. (Existem especiais de TV, peças, recitais, poesias e até mesmo canções populares sobre o homem.) Uma bibliografia anotada de Tesla foi publicada vinte e dois anos atrás que continha mais de 3.000 referências (e o número cresceu dramaticamente desde então). Várias revistas, jornais, sociedades e até mesmo "web-rings" foram criados como mídia exclusivamente dedicada para a discussão de suas atividades. Enquanto volumes poderiam (e foram) escritos sobre o cavalheiro, os autores presentes verão o trabalho dele de nossas perspectivas como cientistas e engenheiros. Tesla recebeu sua educação formal no Instituto Politécnico em Graz, Áustria (ele se matriculou com graduações em matemática, engenharia mecânica e engenharia elétrica) e na Universidade de Praga (onde ele executou estudos graduados em Física). Depois de um período de prática profissional em Budapeste (onde, em 1882, ele concebeu a idéia de um campo magnético giratório para mover maquinaria elétrica), Estrasburgo (onde ele construiu que o primeiro motor polifásico), e Paris, ele imigrou para os EUA com a idade de 28 anos em 1884. Com sua descoberta do campo magnético giratório e a publicação de seu celebrado documento de 1888 sobre um novo sistema de motores e transformadores de corrente alternada, sua posição na história da ciência e tecnologia elétrica estava permanentemente estabelecida. Depois de palavras de elogio ao inventor diante de uma reunião da Sociedade Real em Londres em 1892, Lorde Rayleigh declarou que Tesla possuía um grande dom para descoberta elétrica. Em 1896, no Franklin Institute na Filadélfia, Lorde Kelvin diria, "Tesla contribuiu mais para a ciência elétrica que qualquer homem até sua época". Suas descobertas e criações fundamentais atravessam a ciência básica, sistemas, tecnologia e componentes. Ele foi um dos primeiros cientistas a assimilar a distinção entre ressonância global e distribuída e, depois de se reunir em 1892 com Heinrich Hertz em Bonn, foi o primeiro a patentear a amplificação de voltagem através de ondas estacionárias em ressonadores distribuídos. (A técnica seria usada subseqüentemente por David Sloan, E.O. Lawrence, e Louis Alvarez no desenvolvimento evolutivo dos aceleradores de partículas modernos.) A unidade MKS de indução magnética foi adotada em honra a Tesla em 1956. É conhecimento comum entre engenheiros elétricos que ele foi o inventor do campo magnético giratório, do motor de indução e do sistema de distribuição de energia de corrente alternada polifásica* atualmente usado ao longo do mundo civilizado. Haraden Pratt, Presidente IRE e posteriormente presidente do Comitê de História do IRE, uma vez escreveu, "Nossa era industrial existente deixaria de funcionar sem as primeiras e maiores contribuições de tesla". Porém, a maioria dos engenheiros elétricos não sabe que, tão tarde quanto 1943, com base nas patentes de seu "Apparatus", ele (não Marconi) foi reconhecido pelo Tribunal Supremo dos EUA como tendo prioridade na invenção do "Rádio". Ainda menos cientistas da computação sabem que, quando certos fabricantes de computador tentaram patentear portas lógicas digitais depois da Segunda Guerra Mundial, o Escritório de registro de patentes dos EUA afirmou que Tesla (na virada do século) tinha prioridade na implementação elétrica de portas lógicas para comunicações seguras, sistemas de controle e robótica. Como resultado, um monopólio em lógica eletrônica não pôde ser assegurado privadamente nos anos 50. Escrevendo na volumosa edição de 50º aniversário dos Proceedings of the IRE, R.M. Page identifica o Dr. Tesla como o primeiro que "... sugeriu o uso de ondas eletromagnéticas para determinar a posição, velocidade, e curso relativos de um objeto em movimento", e agora parece ser reconhecido amplamente que Tesla, em 1900, foi o primeiro a propor o conceito moderno de radar. Certamente, a entrevista de Tesla com H. Winfield Secor aparece nas histórias sobre o radar. Ele mantém prioridade legal em controle remoto por rádio, robótica experimental, e comunicação segura por divisão de freqüência multiplexada.. A técnica de multiplicador de voltagem cascata em multiestágio ("carregando condensadores em paralelo e descarregando-os em série"), depois aperfeiçoada por Greinacher (1920), e Cockcroft e Walton (1932), com uma variante patenteada na Europa por Marx (1923), foi patenteada nos EUA por Tesla em 1897. Durante o centenário de 1984 do IEEE, o Comitê de Atividades Profissionais do IEEE identificou Nikola Tesla entre os "doze apóstolos" da engenharia elétrica. Das primeiras Transações da AIEE nós vemos que Tesla compareceu regularmente a reuniões de AIEE e freqüentemente participou em discussões prolongadas ao fim das apresentações de documentos. Ele foi selecionado para representar a AIEE no Congresso Elétrico realizado em Frankfort em 1892, e foi nessa época que viajou para Bonn para discutir com Heinrich Hertz sobre pesquisa de transmissão sem fios. Tesla serviu a profissão de engenharia elétrica em seus cargos mais altos. No início da década de 1890, ele foi eleito como vice-presidente do que é agora o IEEE. (Na época de sua eleição, Alexander Graham Bell presidiu a AIEE. Tanto Bell quanto Tesla receberiam posteriormente o prêmio de mais alta honra da AIEE.) Tesla serviu dois anos sucessivos como vice-presidente do AIEE. O primeiro livro escrito sobre Tesla era uma coleção de suas conferências públicas, e foi editado e publicado pelo terceiro Presidente do AIEE (Thomas Commerford Martin). Também deveria ser notado que Tesla foi eleito como um Membro Completo do AIEE (agora o IEEE), como também a Associação americana para o Avanço da Ciência, e uma dúzia de outras sociedades profissionais. Ele foi honrado pelo Preussische der Akademie der Wissenschaften em Berlim, e o Presidente do IEE (britânico) disse uma vez, "Tesla foi o maior inventor elétrico que nós alguma vez tivemos em nosso grupo de membros". Ele recebeu mais de 13 títulos honoris causa (Doutorados e assim por diante) de tais instituições diversas como Columbia, Yale, e as Universidades de Paris, Viena, Praga, Sofia, e muitas, muitas mais. Recentemente, outro fato fascinante sobre Nikola Tesla veio à luz. Depois de todos estes anos, está documentado agora que ele foi nomeado para um Prêmio Nobel não dividido em Física em 1937. (o nomeador de Tesla, Dr. Felix Ehernhaft, de Viena, havia sido um daqueles que nomearam Albert Einstein para o Prêmio Nobel em 1921.) Tesla possuía um talento notável para encantar e surpreender seus admiradores ao mesmo tempo em que enfurecia seus críticos. (O fenômeno continua até hoje.) É infeliz que, apesar do fato que várias biografias populares estão atualmente disponíveis, ainda não existe nenhuma autoridade formal definitiva (além de suas próprias publicações dispersas) para consultar sobre os assuntos técnicos de sua carreira científica intrigante e colorida. Tesla foi estimado pelos seus pares como um homem de ciência de primeira classe. Aqueles entendendo mal sua estatura profissional deveriam considerar cuidadosamente o respeito e admiração conferido pelos maiores cientistas vivos de sua própria era (Kelvin, Helmholtz, Crookes, Dewer, Rutherford; premiado com Nobel: Rayleigh, Bragg, Bohr, Millikan, Einstein, Compton, Appleton; e muitos outros incluindo reitores universitários, membros da comunidade de defesa, e até mesmo consultores científicos para o Presidente dos Estados Unidos). É impossível abordar adequadamente as credenciais profissionais ou realizações do Dr. Tesla neste espaço limitado. Contudo, pode ser dito com certeza que ninguém desde o Dr. Franklin mexeu mais com o mundo científico e de engenharia.


Créditos da matéria: W.C. Wysock *, J.F. Corum, J.M. Hardesty * * e K.L. Corum

PRA-X Sociedade Rádio Philips do Brasil

Fundada em 12 de março de 1930 na antiga Capital federal a PRA-X - Sociedade Rádio Philips do Brasil, era possuidora do melhor som dentre as demais emissoras da época, não só pela potência do sinal irradiado mas também pelo bom funcionamento dos rádios da marca vendidos à elite carioca por um pernambucano que viria a se tornar em um dos mais famosos produtores de programas de rádio da época. Ademar Casé. ( avô da atriz e apresentadora de programas Regina Casé ). Seus locutores propagavam-na como sendo a emissora do signo das estrelas, já que compunham sua logomarca o desenho de 4 estrelas. Ademar Casé iniciou sua trajetória de sucesso no rádio em um Domingo, 14 de fevereiro de 1932. Essa foi a data de estréia do Casé. Conforme conta seu neto Rafael Casé no livro Programa Casé - O Rádio Começou Aqui, duas horas antes de entrar no ar, todos já estavam reunidos no estúdio da rádio Philips localizado no quinto andar da Rua Sacadura Cabral, 43 - pertinho da Praça Mauá, no centro do Rio. Tudo pronto para a primeira irradiação do Programa Casé, um nome que, aliás, surgiu por acaso. Ademar convidou o Dr. Victoriano Augusto Borges, diretor da Rádio Philips, para saudar os rádios-ouvintes em nome da emissora. Porém, poucos minutos antes de o programa ir ao ar é que o diretor descobriu que o programa não tinha nome. Casé só então deu conta de que havia se esquecido desse "pequeno detalhe". Coube ao Dr. Augusto, no improviso, criar um. Às oito da noite, ele abriu a chave do microfone e anunciou: "A Rádio Philips do Brasil, PRAX, vai começar a irradiar o Programa Casé."

Bibliografia:

Histórias que o Rádio não Contou - de Reynaldo C. Tavares
Programa Casé - O Rádio Começou Aqui - de Rafael Casé

História da Indústria de Telecomunicações no Brasil - Henry British Lins de Barros

Roberto Landell de Moura - Tributo a um cientista brasileiro


Roberto Landell de Moura 1861 - 1928, Porto Alegre (RS) é considerado o patrono brasileiro das Telecomunicações (e também do radioamadorismo). Já no final do século XIX (1890) o padre gaúcho já estava bem adiantado nos estudos de um aparelho que podia transmitir e receber voz a grandes distâncias (invento que mais tarde foi chamado de rádio). A história das Telecomunicações registra que desde 1860 falava-se em ondas de rádio, ondas hertzianas, "coesor" que mais tarde permitiu a telegrafia sem fios. Em 1895 surge a antena e transmissões experimentais são efetuadas. Nesta época consegue-se a façanha de uma comunicação a 250 km de distância. No ano de 1900 aparelhos radiotelegráficos vão para bordo de navios. Censurado pela Igreja e considerado louco por seus contemporâneos, o padre brasileiro Landell de Moura coloca voz no rádio em 1904, que até então só transmitia telegrafia. A primeira transmissão de voz humana sem fio – através de ondas eletromagnéticas moduladas – foi realizada a uma distância de aproximadamente oito quilômetros (entre o Bairro Santana e a Avenida Paulista na cidade de São Paulo), foi efetuada pelo padre gaúcho Landel de Moura. Já existiam na época o telégrafo, inventado por Samuel Morse em 1807, o telefone de Graham Bell (1876) e a radiotelegrafia de Guillermo Marconi – todos utilizando fios. No ano seguinte de sua experiência inédita no mundo, o padre obtém uma patente brasileira em março de 1901. Quatro meses depois foi para os Estados Unidos tentar uma patente internacional. Em 11 de outubro de 1904, conseguiu – apesar das dificuldades encontradas – três cartas patente: “Transmissor de ondas”, “Telefone sem fio” e “Telégrafo sem fio”.